A poesia sempre esteve presente em nossas vidas, seja no pequeno desabrochar de uma flor, seja como instrumento para profundas reflexões políticas ou até como uma tentativa ingênua e até pretensiosa de compreender os mistérios do cotidiano e da natureza, tal como fez o grande poeta brasileiro mato-grossense Manoel de Barros. Aliás, em uma de suas raras entrevistas, disse ele: "poesia é a virtude do inútil. O inútil só serve para isso mesmo, para a poesia..." .
Vejamos bem:
Nossa vida é formada por um amontoado de pequenas inutilidades que nos são essenciais ou que elegemos como tal. Podemos elencar inúmeras, mas certamente, a poesia é uma delas.
Vejamos bem:
Nossa vida é formada por um amontoado de pequenas inutilidades que nos são essenciais ou que elegemos como tal. Podemos elencar inúmeras, mas certamente, a poesia é uma delas.
A escritora e jornalista Clarice Lispector disse certa vez: "eu escrevo sem esperança de que o escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou ou de outro".
O que seria este desabrochar?
Segundo o dicionário Léxico, desabrochar significa: abrir(-se), transformar(-se) [o botão] em flor. Na Filosofia: passar de ato à potência.
Poeticamente poderia dizer que seria: ativar a vida e beleza que existe em nós.
Em tempos de isolamento social impostos pela pandemia que nos assola, pela crise não só nos diversos setores, mas principalmente humana, por que não (re)pensar formas de nutrir e despertar em outros seres essa beleza interior?
É preciso embelezar a vida, abrir-se à transformação, florescer. Fazer de todos os dias o nosso happy hour (hora feliz), com a família, com a poesia, com nós mesmos.
Deixo aqui um poema de minha autoria para que possamos refletir nestes tempos difíceis:
Samara Volpony (Arari/MA). Poeta, letrista e professora. Autora do
livro Contramaré (Patuá, SP, 2017), vencedora
do 4º Concurso Internacional Poesia
Urbana, promovido pelo Centro Universitário de Brusque – UNIFEB e 2ª
colocada no 2º Concurso Internacional de
Poesia da Casa de Espanha. Tem poemas publicados nas edições 11 e 12 do
Jornal de Poesia Contemporânea ‒ O Casulo,
na Revista de Poesia e Arte Contemporânea - Mallarmagens
e no Verano Literario Feminista, do
portal La Critica (México).
Contatos:
E-mail: samaravolpony@gmail.com
Instagram: @samaravolpony

Parabéns, sábias palavras. Estamos vivenciando um momento que devemos refletir, e agir interiormente, sobre nossas ações, pois acredito no ditado: "colhemos o que plantamos". Enfim, triste, mas a humanidade é egoísta. Que possamos ter olhos de sábios e tirar dessa lição a melhor nota avaliativa para a vida.
ResponderExcluirParabéns poeta samaravolpony, você arrasa e só tem cada vez mais minha admiração!👏👏👏👏👌👍❤🦉✍
ResponderExcluirPoema bem delicioso de ser lido, com uma criatividade bem expressão e de fluidez maravilhosa. Semelhante ao poema, a reflexão que o antecede, muito oportuna e bem arranjada. Parabéns e obrigado pela participação! Quero bis!
ResponderExcluirMaravilhosa
ResponderExcluirExcelente
ResponderExcluirAgradeço a leitura e comentários carinhosos de cada um. O tempo é esse: de desabrochar! Evoé! Brisas poéticas!
ResponderExcluire tão bom sentir a presença próxima de tantos intelectuais em nosso convívio! eta vida linda. digna de aplausos. Deus enriqueça cada vez mais este próspero torrão. meu pedacinho de chão
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