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Mostrando postagens de abril, 2020

O abril que quase não abriu

Entre tantos afazeres desta quinta-feira, para a qual ensaiei uma crônica no estilo throwback thursday, a já usual #TBT , para matar um pouco da saudade de dois amigos da comunidade literária da cidade, Ray Sanches e Bill de Jesus, o intento não se deu por feito, ficando o in memoriam para um Thursday vindouro. Abril se fechou, sem que quase nada pudesse ser aberto, menos nós. Imagem: Pixabay (adaptado) Mas, num intervalo de todo o muito que me assoberbou de fazeres, li algumas frases que me chamaram a atenção, entre as mil coisas que circularam nas tantas timelines visualizadas. E o lido até se assemelhou ao meu dia, de ensaios, apesar de produtivo, pois não foi como uma quinta rotineira. Há muito pendente! Este mês, hoje a findar-se, foi um abril peculiar. Em parte, um mês de distanciamento e, para alguns, até mesmo de isolamento social. Quase nada abriu neste mês: empresas, escolas, igrejas... nem mesmo nossas casas puderam ser abertas aos amigos, como de costume.

O ensino remoto em tempos de pandemia

Imagem retirada da internet (Google) A pandemia do coronavírus trouxe consigo, além da crise sanitária e econômica, a possibilidade de adaptações e avanços em áreas estratégicas. Dentre essas áreas, a Educação a Distância (EAD), também entendida como ensino remoto. Como as escolas e universidades (públicas e privadas) estão paradas, a Educação a Distância é uma boa alternativa de democratização do ensino no país. De acordo com FERREIRA (2000), a EAD se apresenta na esfera pedagógica como mais uma opção metodológica, que traz consigo uma série de características que impõem a necessidade de novas aprendizagens por parte de quem vai utilizá-la. Então, durante a sua campanha e depois que assumiu a Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro defendeu o ensino a distância na educação básica, sobretudo no Ensino Médio. Isso soou como uma aberração, algo impensável. Muitos gestores públicos, inclusive, além de educadores, discordaram da ideia, achando-a desnecessária naquele momento. Aí,

O livro: tripla delícia!

Por José Carlos Castro Sanches “O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler. ” (Mark Twain) Neste 23 de abril, dia Mundial do Livro, faço uma singela homenagem à literatura, aos escritores, cronistas, poetas e, especialmente aos leitores e aos propagadores do conhecimento edificado em livros. Tripla Delícia. “O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado e feliz ao seu lado ” (Adaptado por José Carlos Sanches do poema Dupla Delícia de Mario Quintana) Quando vejo a palavra “Word” em inglês, percebo que para tornar-se “World”, que corresponde à mundo em nossa língua pátria, precisa acrescentar apenas a letra “L”, que inicia a palavra livro. O livro transforma uma simples palavra, num horizonte de possibilidades e, eleva o conhecimento, partindo de qualquer ponto isolado para o mundo. O livro é assim, tão simples como uma palavra e tão profundo como o universo. “O livro é um mestre que f

O reencontro no distanciamento social

Por vários momentos nesse período de crise, quase entrei em crise. Estranho! Mas qual o motivo da minha crise na crise? O medo de reencontrar!   Conversamos por horas, tomamos    um bom café e conseguimos dar boas risadas, falar das nossas experiências. Imagem: Pixaby, cedida por  Shutterstock   Esse distanciamento social me fez olhar para todos os lados, e por muitas horas, mas não via ninguém aqui e nem acolá, além de mim. Que estranho!   Voltei mais uma   vez   e outras vezes a olhar da mesma forma e para os mesmos lugares, e o cenário era o mesmo. Eu, sentada, esperando e insistindo para ser vista por mim, e, diga-se de passagem, eu estava diferente. Estava quase gritando comigo!   Até que uma hora perdi o medo, parei e sentei para conversar com meu próprio eu, dei-me uma oportunidade. Conversamos por horas, tomamos   um bom café e conseguimos dar boas risadas, falar das nossas experiências desde a infância, mostrar nossas cicatrizes, comparar nossa idade e nossos

Quarentena III

O tempo da gente é o hoje. Agora!. Estamos sempre preocupados em viver o amanhã sem transportar o transversal do hoje. O amanhã é o futuro, é o distante com a vaidade de uma visão que a nós conduzem sonhos e fantasias. O tempo da gente é o hoje. Agora!. Imagem: Pixabay cedida por  Shutterstock E se morrermos hoje? E se antes do galo cantar não chegar o amanhã? Estamos sempre ressuscitando nos acordes da vida o “ pleilister ” de um tempo para executarmos nas madrugadas do amanhã. E se morrer hoje, e o amanhã não chegar? E se o tempo encurtar em nós o amanhã? Filosofia? Ideologia? No trem das interrogações da vida, o amanhã é um estado em interrogações. Precisamos viver o hoje. Necessitamos namorar hoje. Faz-se necessário transar: hoje. É uma escalada de sentimentos. Porque o hoje é o que agente vive. Portanto, não importa o sabor das carambanjas e nem o perfume dos tamatás, e do que importa uma vasta visão do mar se não sabemos navegar?  Prazer - essência da vida. Sentir

Oito "nós" do Bambu!

Por José Carlos Castro Sanches Hoje li um texto magnífico “ A crise segundo Albert Einstein “ que dizia: “ Não podemos querer que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a maior benção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia assim como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise se supera a si mesmo sem ter sido superado. Quem atribui a crise seus fracassos e penúria, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas que as soluções. A verdadeira crise, é a crise de incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a dificuldade para encontrar as saídas e as soluções. Sem crise não há desafios, sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de cada um, porque sem crise todo vento é uma carícia. Falar da crise é promovê-la, e

Vermelho fúnebre

Ricardo Lopes Ricardo M Lopes é brasileiro, nascido em São Luís, com alma arariense. Formado em Designer de Interiores, é amante da boa arte em geral e da poesia. Tem participação no livro "Poesia Arariense: coletânea poética em rede" (Instituto Perone, 2014), com o poema Inspiração. 

Anjos da Guarda: de mãos dadas para salvar vidas

“Meu santo é forte, meu anjo da guarda existe, e meus anjos na terra são gigantes! “ (Virgínia Mello) Neste momento de mobilização mundial para conter a proliferação do Coronavírus, que se transformou rapidamente em pandemia, quero prestar uma sincera homenagem aos profissionais da saúde de todo o mundo, em especial aos brasileiros. Enquanto os demais trabalhadores públicos e privados estão orientados a permanecerem “confinados em suas próprias casas”. Existe uma categoria de profissionais pouco reconhecida que segue o fluxo contrário, se desdobrando em plantões corridos e, expostos ao contínuo risco de contaminação para enfrentamento à covid -19, H1N1, dentre outras doenças oportunistas...nas Upas, Hospitais, Centros de Saúde, UTIs, ambulatórios, laboratórios e demais órgãos e entidades competentes envolvidas nessa árdua missão de “salvar vidas”. A grave situação requer o comprometimento e dedicação integral dos profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, auxiliares