Imagem retirada da internet (Google) |
A pandemia do coronavírus
trouxe consigo, além da crise sanitária e econômica, a possibilidade de adaptações
e avanços em áreas estratégicas. Dentre essas áreas, a Educação a Distância
(EAD), também entendida como ensino remoto. Como as escolas e universidades
(públicas e privadas) estão paradas, a Educação a Distância é uma boa
alternativa de democratização do ensino no país. De acordo com FERREIRA (2000),
a EAD se apresenta na esfera pedagógica como mais uma opção metodológica, que
traz consigo uma série de características que impõem a necessidade de novas
aprendizagens por parte de quem vai utilizá-la.
Então, durante a sua campanha e depois que assumiu a Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro defendeu o ensino a distância na educação básica, sobretudo no Ensino Médio. Isso soou como uma aberração, algo impensável. Muitos gestores públicos, inclusive, além de educadores, discordaram da ideia, achando-a desnecessária naquele momento.
Aí, vem a pandemia, escolas e universidades suspenderam suas atividades. O ensino remoto, o mesmo proposto pelo presidente, tornou-se a saída para amenizar as perdas para o ensino e aprendizagem. As escolas privadas trataram de potencializar o uso da tecnologia a favor da educação. A maioria das escolas públicas, paradas no tempo, não conseguiram viabilizar essa modalidade.
O MEC nunca pensou, tampouco viabilizou, um projeto atinente ao uso da tecnologia em prol do processo de ensino e aprendizagem. Agora, as Redes Públicas de Ensino, de forma tímida, tentam adequar-se a esta tendência. Só lembro que a EAD surgiu no Brasil em 1904, expandindo-se para o ensino profissionalizante em 1930. Mas, repito: tendência. E ouso dizer: um caminho sem volta, porque os recursos digitais estão a cada dia mais avançados e disponíveis.
Já estamos na terceira década do século XXI e a educação, como promotora do conhecimento, não pode parar no tempo e perder tempo (perdoe-me o trocadilho) em investir no aparato tecnológico em prol da sua construção. A educação acontece o tempo todo, em todos os lugares, para isso, o que importa é a intencionalidade educativa da ação. Não se ver nas políticas de formação de professores, por exemplo, sequer falarem sobre essa questão.
Daí, muitos profissionais da educação não dominam as ferramentas tecnológicas a fim de aplicá-las em suas aulas. Isso implica na diversidade que se tem para o bem aprender. Estar confinado em quatro paredes de uma sala de aula, não garante a aprendizagem. Caro leitor, a proposta da EAD não é acabar com a escola convencional, mas ser uma maneira a mais para que as pessoas possam buscar a sua formação, haja vista que essa modalidade vem crescendo no país. Agora, para que isso ocorra, obviamente que será preciso muito investimento. É preciso uma inovadora e ousada política de formação de professores para esse fim, assim como internet de qualidade.
A pandemia do coronavírus veio nos ensinar mais essa lição. Precisa-se caminhar juntos com os avanços científicos e tecnológicos. Precisa-se entender que a interatividade é um fator importante para motivar as pessoas e que boas aulas, mais do que nunca, perpassam pelo uso potencial das TICs nas metodologias educacionais. A escola não é uma ilha, e nós, professores, precisamos desaprender muita coisa, pois, o futuro chegou faz tempo. Quem ficou para trás, agora, sofre pelo descaso e falta de visão no porvir. Ainda dá tempo de nos reinventarmos e adentrarmos na modernidade junto com a educação, sobretudo com a educação pública.
Citando FERREIRA (2000), do ponto de vista pedagógico a EAD deve ser encarada como um instrumento de qualificação que traz uma fundamental contribuição ao processo pedagógico e ao serviço educacional. Para confirmar esta afirmação, deve-se analisar seu potencial de utilização na capacitação e atualização dos profissionais da educação e na formação e especialização em novas ocupações e profissões. Nesses dois campos educacionais, a EAD teve um crescimento significativo nos níveis médio e superior de ensino. Além disso, a EAD, por suas próprias características, se constitui em canal privilegiado de interação com as manifestações do desenvolvimento científico e tecnológico no campo das comunicações.
Ainda segundo FERREIRA (2000), é preciso, porém, muita clareza sobre as condições de ter a EAD como alternativa de democratização do ensino. As questões educacionais não se resolvem pela simples aplicação técnica e burocrática de um sofisticado sistema de comunicação, num processo de “modernização cosmética”. Isso a ninguém serve, exceto aos “empreendedores espertalhões com suas escolas caça-níqueis” ou mal intencionados. Sob o ponto de vista social, a Educação a Distância, como qualquer modalidade de educação, precisa realizar-se como uma prática social significativa e consequente em relação aos princípios filosóficos de qualquer projeto pedagógico: a busca da autonomia, o respeito à liberdade e à razão.
Então, durante a sua campanha e depois que assumiu a Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro defendeu o ensino a distância na educação básica, sobretudo no Ensino Médio. Isso soou como uma aberração, algo impensável. Muitos gestores públicos, inclusive, além de educadores, discordaram da ideia, achando-a desnecessária naquele momento.
Aí, vem a pandemia, escolas e universidades suspenderam suas atividades. O ensino remoto, o mesmo proposto pelo presidente, tornou-se a saída para amenizar as perdas para o ensino e aprendizagem. As escolas privadas trataram de potencializar o uso da tecnologia a favor da educação. A maioria das escolas públicas, paradas no tempo, não conseguiram viabilizar essa modalidade.
O MEC nunca pensou, tampouco viabilizou, um projeto atinente ao uso da tecnologia em prol do processo de ensino e aprendizagem. Agora, as Redes Públicas de Ensino, de forma tímida, tentam adequar-se a esta tendência. Só lembro que a EAD surgiu no Brasil em 1904, expandindo-se para o ensino profissionalizante em 1930. Mas, repito: tendência. E ouso dizer: um caminho sem volta, porque os recursos digitais estão a cada dia mais avançados e disponíveis.
Já estamos na terceira década do século XXI e a educação, como promotora do conhecimento, não pode parar no tempo e perder tempo (perdoe-me o trocadilho) em investir no aparato tecnológico em prol da sua construção. A educação acontece o tempo todo, em todos os lugares, para isso, o que importa é a intencionalidade educativa da ação. Não se ver nas políticas de formação de professores, por exemplo, sequer falarem sobre essa questão.
Daí, muitos profissionais da educação não dominam as ferramentas tecnológicas a fim de aplicá-las em suas aulas. Isso implica na diversidade que se tem para o bem aprender. Estar confinado em quatro paredes de uma sala de aula, não garante a aprendizagem. Caro leitor, a proposta da EAD não é acabar com a escola convencional, mas ser uma maneira a mais para que as pessoas possam buscar a sua formação, haja vista que essa modalidade vem crescendo no país. Agora, para que isso ocorra, obviamente que será preciso muito investimento. É preciso uma inovadora e ousada política de formação de professores para esse fim, assim como internet de qualidade.
A pandemia do coronavírus veio nos ensinar mais essa lição. Precisa-se caminhar juntos com os avanços científicos e tecnológicos. Precisa-se entender que a interatividade é um fator importante para motivar as pessoas e que boas aulas, mais do que nunca, perpassam pelo uso potencial das TICs nas metodologias educacionais. A escola não é uma ilha, e nós, professores, precisamos desaprender muita coisa, pois, o futuro chegou faz tempo. Quem ficou para trás, agora, sofre pelo descaso e falta de visão no porvir. Ainda dá tempo de nos reinventarmos e adentrarmos na modernidade junto com a educação, sobretudo com a educação pública.
Citando FERREIRA (2000), do ponto de vista pedagógico a EAD deve ser encarada como um instrumento de qualificação que traz uma fundamental contribuição ao processo pedagógico e ao serviço educacional. Para confirmar esta afirmação, deve-se analisar seu potencial de utilização na capacitação e atualização dos profissionais da educação e na formação e especialização em novas ocupações e profissões. Nesses dois campos educacionais, a EAD teve um crescimento significativo nos níveis médio e superior de ensino. Além disso, a EAD, por suas próprias características, se constitui em canal privilegiado de interação com as manifestações do desenvolvimento científico e tecnológico no campo das comunicações.
Ainda segundo FERREIRA (2000), é preciso, porém, muita clareza sobre as condições de ter a EAD como alternativa de democratização do ensino. As questões educacionais não se resolvem pela simples aplicação técnica e burocrática de um sofisticado sistema de comunicação, num processo de “modernização cosmética”. Isso a ninguém serve, exceto aos “empreendedores espertalhões com suas escolas caça-níqueis” ou mal intencionados. Sob o ponto de vista social, a Educação a Distância, como qualquer modalidade de educação, precisa realizar-se como uma prática social significativa e consequente em relação aos princípios filosóficos de qualquer projeto pedagógico: a busca da autonomia, o respeito à liberdade e à razão.
FONTE
CONSULTADA: FERREIRA, Ruy. A
internet como ambiente da Educação a Distância na Formação Continuada de
Professores. Universidade Federal de Mato Grosso. Dissertação de Mestrado: Cuiabá,
2000. Disponível em: http://cev.ucb.br/qq/ruy_ferreira/tese.htm. Acesso em: 26. 04. 2020.
Adenildo Bezerra
Adenildo
Bezerra é arariense. Professor, é graduado em Matemática e especialista em Docência. É membro fundador e atual presidente da Academia Arariense
de Letras, Artes e Ciências (ALAC). É membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico
de Arari (IHGA). Autor de três livros e participante de diversas
coletâneas literárias.
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