Nós, como sociedade, temos uma péssima memória. Refazemos erros históricos. Temos a mania de esquecer.
Em recente postagem da página de Elke Maravilha, seus moderadores relembraram a visão da artista sobre liberdade, onde ela dizia: “Todos nós temos apenas uma liberdade. Escolher a prisão que iremos ficar”.
Mais recente ainda, em um arquivo da TV Manchete, Dercy Gonçalves falou: “Não existe liberdade em um país de analfabetos, pobre, sem comida, sem educação. Quem pode ser livre assim?”.
Ambas as artistas falavam de uma época de censura. Não somente como represália política, mas de uma censura moral. Uma censura de opiniões, onde tudo que é controverso e gera incômodo não gera mais diálogos. Gera apenas conflitos e discussões.
Criou-se uma antipatia por tudo que é livre e, sobretudo, a tudo que tem fundamento e trabalho de pesquisa que o sustente como verdade. Reina a ignorância literária, política e social.
Renato Russo, compôs em 1978 a música “Que país é esse?”. Uma das estrofes da música, assim como toda a composição, faz duras críticas sociais ao governo da época. A semelhança com os dias atuais é tremenda e assustadora, porque denuncia que continuamos com os mesmos erros.
“Na morte eu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papéis
Documentos fiéis
Ao descanso do patrão”.
Tivemos, recentemente, uma marcha contra o isolamento social, onde luxuosos carros pediam o fim do confinamento e a volta da abertura do comércio. Dentre tantas discussões que cabe esse tema, eu me fiz apenas uma pergunta: Que valor tem a vida nesse cenário?
Esse trecho da música em específico citado acima denuncia o endeusamento do capital. Não estaríamos descansando em mortes? Talvez Legião Urbana cantou mais do que devia, mas contou muitas verdades ocultadas pela ignorância.
Em tempos tão difíceis, talvez entendamos como se fizeram grandes pensadores e imortais do passado. A necessidade de reafirmar suas sanidades e opiniões; seus conceitos e estudos sobre o que tínhamos como sociedade antes, e o que se tem depois.
Perante a loucura da desinformação, onde a mentira é moda e a educação é cafona, foi necessário esbravejar e usar as armas que a leitura ensinou àqueles que se renderam à sabedoria do “nada sei”.
Em recente postagem da página de Elke Maravilha, seus moderadores relembraram a visão da artista sobre liberdade, onde ela dizia: “Todos nós temos apenas uma liberdade. Escolher a prisão que iremos ficar”.
Mais recente ainda, em um arquivo da TV Manchete, Dercy Gonçalves falou: “Não existe liberdade em um país de analfabetos, pobre, sem comida, sem educação. Quem pode ser livre assim?”.
Ambas as artistas falavam de uma época de censura. Não somente como represália política, mas de uma censura moral. Uma censura de opiniões, onde tudo que é controverso e gera incômodo não gera mais diálogos. Gera apenas conflitos e discussões.
Criou-se uma antipatia por tudo que é livre e, sobretudo, a tudo que tem fundamento e trabalho de pesquisa que o sustente como verdade. Reina a ignorância literária, política e social.
Renato Russo, compôs em 1978 a música “Que país é esse?”. Uma das estrofes da música, assim como toda a composição, faz duras críticas sociais ao governo da época. A semelhança com os dias atuais é tremenda e assustadora, porque denuncia que continuamos com os mesmos erros.
“Na morte eu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papéis
Documentos fiéis
Ao descanso do patrão”.
Tivemos, recentemente, uma marcha contra o isolamento social, onde luxuosos carros pediam o fim do confinamento e a volta da abertura do comércio. Dentre tantas discussões que cabe esse tema, eu me fiz apenas uma pergunta: Que valor tem a vida nesse cenário?
Esse trecho da música em específico citado acima denuncia o endeusamento do capital. Não estaríamos descansando em mortes? Talvez Legião Urbana cantou mais do que devia, mas contou muitas verdades ocultadas pela ignorância.
Em tempos tão difíceis, talvez entendamos como se fizeram grandes pensadores e imortais do passado. A necessidade de reafirmar suas sanidades e opiniões; seus conceitos e estudos sobre o que tínhamos como sociedade antes, e o que se tem depois.
Perante a loucura da desinformação, onde a mentira é moda e a educação é cafona, foi necessário esbravejar e usar as armas que a leitura ensinou àqueles que se renderam à sabedoria do “nada sei”.
Somos heróis de guerra também, assim como foram os artistas que morreram em tempos de represália. Estamos em batalha contra a “burrice”.
Flávio Novais
Flávio Novais é arariense, técnico em Enfermagem especializado em Geriatria, cursando radiologia. Reside e trabalha atualmente em São Luís. Observador do cotidiano de gente simples, costumas registrar flagrantes do dia-a-dia e as impressões que estes lhe causam. Participou da coletânea Poesia arariense: coletânea poética em rede (Instituto Perone), em 2014, com o poema Burguesia.
Ótimas reflexões, caro Flávio. Nos dias de hoje parece que os pesquisadores de internet sabem e tudo. Mas tudo mera impressão mesmo. Acredito que a arte, a poesia, a música podem ser instrumentos de profundas reflexões humanas, inclusive políticas. 👏👏👏👏
ResponderExcluirEstamos vivendo no apogeu dessa era de mensagens instantâneas e mais passivas de inverdades. Precisamos lutar para que o questionamento volte a acontecer.
ExcluirSerá se é verdade? E se for, como se deu?
Aquelas velhas análises de leitura que se perderam nos ensinos do passado. Triste, porém, ainda podemos reavivar isso nos nossos cantinhos de expressão como é esse blog.
Parei para pensar realmente me aventurar pelas linhas do texto. Muito boa reflexão e com escolha de personagens memoráveis e polêmicas do cenário cultural brasileiro, gente de ideias e, pensamentos livres e descomprometido com o politicamente correto, tão opressor da criatividade e da liberdade de expressão. Belíssimo artigo. Parabéns!
ResponderExcluirSim, amigo. O assombro veio justamente por estarmos seguindo a estrada e continuarmos aprendendo com aqueles que já se foram. É como se a nova sociedade, precisasse aprender tudo de novo. Ou talvez não aprendeu nada e por isso voltamos a viver as mesmas questões.
ExcluirNós e nossas velhas questões existencialistas.
Como bem cantou Elis;
"Nossos ídolos, ainda são os mesmos."
Muito bom Flavinho as reflexões. Parabéns
ResponderExcluir