Desde que nascemos, as imagens “invadem as áreas mais íntimas de nossa vida com uma brutalidade e ferocidade imperdoáveis”, conforme nos diz o cineasta Wim Wenders. As imagens do marketing e da mídia (o tão falado 4º poder), as imagens que desenhamos em nossa mente de seres/pessoas ideais, as imagens artístico-visuais, o barateamento imagético do sofrimento e da pornografia e outras tantas que pululam nosso dia a dia são exemplos clássicos da importância do visual e imagético em nossas vidas.
Em tempos de isolamento social, este recurso tem sido altamente ingerido em lives, chamadas, propagandas, serviços de streaming em diversas plataformas, tudo para aproximar o olhar de quem está distante, já que o momento nos impossibilita do contato físico.
Pensando neste momento em que nossas teorias, filosofias e certezas cristalizadas andam tão desarmadas por um lado, mas por outro abrandadas por instrumentos audiovisuais, é que escrevi o poema intitulado “uma noite sobre a América”. Não queria dar spoiler, mas também não poderia deixar de falar que ele faz referência à uma obra fantástica do cineasta e diretor Wim Wenders (citado na introdução deste texto), o premiado filme franco-ítalo-alemão Tão Longe, Tão Perto (In weiter Ferne, so nah!).
Apesar de ser um filme de 1993, faz-se extremamente atual, digo-lhes: é um filme necessário. As cenas retratam a intervenção dos anjos em nossas vidas.
Cassiel e Rafhaela observam a vida dos seres humanos sobre a Coluna da Vitória, monumento localizado em Berlim, erigido em homenagem à deusa Vitória para celebrar as vitórias militares da Prússia (fonte: Guia Lonely Planet – Descubra a Europa, 2014) contra Dinamarca (1864), Áustria (1866) e França (1871) (fonte: berlin.de).
Cassiel deseja tornar-se humano e toda a trama se desenrola a partir disso. Num dos diálogos mais belos do filme entre os dois anjos, Rafhaela diz: “Os humanos não veem mais como nós. Os olhos deles se acostumaram só a tomar… Eles esqueceram que a luz entra em seus corações pelos olhos e reflete de volta pelos olhos do coração” (Fonte: Wim Wenders. Do filme: Tão longe, tão perto – Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes, 1993).
A obra é uma reflexão e um convite
extremamente poético para a reeducação/redirecionamento do olhar para o
sensível e para o humano, menos prosaico.
Em tempos de isolamento social, este recurso tem sido altamente ingerido em lives, chamadas, propagandas, serviços de streaming em diversas plataformas, tudo para aproximar o olhar de quem está distante, já que o momento nos impossibilita do contato físico.
Pensando neste momento em que nossas teorias, filosofias e certezas cristalizadas andam tão desarmadas por um lado, mas por outro abrandadas por instrumentos audiovisuais, é que escrevi o poema intitulado “uma noite sobre a América”. Não queria dar spoiler, mas também não poderia deixar de falar que ele faz referência à uma obra fantástica do cineasta e diretor Wim Wenders (citado na introdução deste texto), o premiado filme franco-ítalo-alemão Tão Longe, Tão Perto (In weiter Ferne, so nah!).
Apesar de ser um filme de 1993, faz-se extremamente atual, digo-lhes: é um filme necessário. As cenas retratam a intervenção dos anjos em nossas vidas.
Cassiel e Rafhaela observam a vida dos seres humanos sobre a Coluna da Vitória, monumento localizado em Berlim, erigido em homenagem à deusa Vitória para celebrar as vitórias militares da Prússia (fonte: Guia Lonely Planet – Descubra a Europa, 2014) contra Dinamarca (1864), Áustria (1866) e França (1871) (fonte: berlin.de).
Cassiel deseja tornar-se humano e toda a trama se desenrola a partir disso. Num dos diálogos mais belos do filme entre os dois anjos, Rafhaela diz: “Os humanos não veem mais como nós. Os olhos deles se acostumaram só a tomar… Eles esqueceram que a luz entra em seus corações pelos olhos e reflete de volta pelos olhos do coração” (Fonte: Wim Wenders. Do filme: Tão longe, tão perto – Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes, 1993).
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Anjo Raphaela, personagem interpretada Natassja Kinski no Tão Longe, Tão Perto/In weiter Ferne, so nah! Imagem: Pinterest
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Já li e ouvi diversas pessoas dizendo que se
não aprendermos nada após esta pandemia, decerto não aprenderemos mais. E é
verdade! Então, por que não inaugurarmos um novo olhar sobre o mundo, sobre a
vida, sobre nós mesmos? Parece que em algum momento, com o bombardeamento de informações num mundo tumultuado de tantos conflitos históricos, éticos e morais, nos desligamos de olhar além do aparente e perdemos o vínculo com o intangível, com o espiritual e com o outro.
Tenho me emocionado com fotos antigas, filmes,
textos e até programas de entretenimento – uma maneira particularmente nova e
talvez nada original de fazer com que a luz entre em meu coração pelos olhos
e reflita de volta pelos olhos do coração.
O lema hoje é VER e CRER.
Deixo o poema e aguardo seu comentário. Evoé! Luz!
O lema hoje é VER e CRER.
Deixo o poema e aguardo seu comentário. Evoé! Luz!
Samara Volpony (Arari/MA). Poeta, letrista e professora. Autora do livro Contramaré (Patuá, SP, 2017), vencedora do 4º Concurso Internacional Poesia Urbana, promovido pelo Centro Universitário de Brusque – UNIFEB e 2ª colocada no 2º Concurso Internacional de Poesia da Casa de Espanha. Tem poemas publicados nas edições 11 e 12 do Jornal de Poesia Contemporânea ‒ O Casulo, na Revista de Poesia e Arte Contemporânea - Mallarmagens e no Verano Literario Feminista, do portal La Critica (México).
Contatos:
E-mail: samaravolpony@gmail.com
Instagram: @samaravolpony
Muito bom!
ResponderExcluirSensacional!
ResponderExcluirAdorei Samara vc é uma menina muito inteligente suas poesias tem teor, qualidade.
ResponderExcluirParabéns.
Parabéns poeta,excelente texto filosófico, de uma sensibilidade voltada para olhar e alma humana.👏👏🥰
ResponderExcluirSem palavras para a Samara. Ela tem uma sensibilidade feroz. Sou fã! ♥️����
ResponderExcluirMuitíssimo obrigada pela leitura de todos. Aceito sugestões para a próxima postagem nesta página tão bacana, que tem este propósito: trazer quem está longe para mais perto. Abração!
ResponderExcluirFantastico poema. Emocionante.
ResponderExcluir