Entre tantos afazeres desta quinta-feira, para a qual ensaiei
uma crônica no estilo throwback thursday, a já usual #TBT, para matar
um pouco da saudade de dois amigos da comunidade literária da cidade, Ray Sanches
e Bill de Jesus, o intento não se deu por feito, ficando o in memoriam
para um Thursday vindouro.
Abril se fechou, sem que quase nada pudesse ser aberto, menos nós. Imagem: Pixabay (adaptado)
Mas, num intervalo de todo o muito que me assoberbou de
fazeres, li algumas frases que me chamaram a atenção, entre as mil coisas que
circularam nas tantas timelines visualizadas. E o lido até se assemelhou
ao meu dia, de ensaios, apesar de produtivo, pois não foi como uma quinta
rotineira. Há muito pendente!
Este mês, hoje a findar-se, foi um abril peculiar. Em parte,
um mês de distanciamento e, para alguns, até mesmo de isolamento social. Quase nada
abriu neste mês: empresas, escolas, igrejas... nem mesmo nossas casas puderam
ser abertas aos amigos, como de costume.
Nós, por outro lado, precisamos nos adaptar a um novo
estilo de vida, de trabalho, de estudo e de convivência humana, à realidade de
uma quarentena que nos chamou a atenção para nossas fragilidades pessoais,
sociais e até nos questionando sobre nossa aldeia global, marcada por vulnerabilidades.
Em maior ou menor grau, a depender de como cada um já era
afeito às coisas remotas, virtuais, “juntos, mas separados” do estilo “a distância”,
para interação, entretenimento, ocupação... todos tivemos que nos abrir a essas
novidades, não mais como uma opção ou modelo estiloso, mas como condição necessária.
Abril se fechou, sem que quase nada pudesse ser aberto, menos
nós. Sobretudo, à reflexão sobre como éramos antes desse lockdown, buscando
meios de vivenciá-lo sem perder a saúde mental, o bem-estar físico, mantendo - pelo
menos - o mínimo de qualidade de vida...
Mas, acima e à despeito de tudo isso, pensar e planejar quem
e como seremos depois que o mundo se abrir de novo, e nós não tivermos como viver
fechados, como agora estamos. Ah! E a vida estará de novo aberta, mas não para
ensaios.
Cleilson Fernandes
Beletrista, filósofo e jornalista, com graduação incompleta em Psicologia. Especialista em Língua Portuguesa: redação e oratória, é mestrando em Letras (Ufma). Poeta e cronista, tem poemas e artigos publicados em diversos periódicos, além de participação nas coletâneas Poesia Arariense (2014) e Literatura Arariense (2018), é autor da coletânea poética Sedenta Procura. Facebook: /cleilsonfernandes Instagram: @cleilson_f5 E-mail: contato@cleilsonfernandes.org
Cleilson Fernandes
Beletrista, filósofo e jornalista, com graduação incompleta em Psicologia. Especialista em Língua Portuguesa: redação e oratória, é mestrando em Letras (Ufma). Poeta e cronista, tem poemas e artigos publicados em diversos periódicos, além de participação nas coletâneas Poesia Arariense (2014) e Literatura Arariense (2018), é autor da coletânea poética Sedenta Procura. Facebook: /cleilsonfernandes Instagram: @cleilson_f5 E-mail: contato@cleilsonfernandes.org
Como sempre, muito lúcido amigo.
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