Pular para o conteúdo principal

O reencontro no distanciamento social


Por vários momentos nesse período de crise, quase entrei em crise. Estranho! Mas qual o motivo da minha crise na crise? O medo de reencontrar! 

Conversamos por horas, tomamos  um bom café e conseguimos dar boas risadas, falar das nossas experiências. Imagem: Pixaby, cedida por Shutterstock 

Esse distanciamento social me fez olhar para todos os lados, e por muitas horas, mas não via ninguém aqui e nem acolá, além de mim. Que estranho!  Voltei mais uma  vez  e outras vezes a olhar da mesma forma e para os mesmos lugares, e o cenário era o mesmo. Eu, sentada, esperando e insistindo para ser vista por mim, e, diga-se de passagem, eu estava diferente. Estava quase gritando comigo!  Até que uma hora perdi o medo, parei e sentei para conversar com meu próprio eu, dei-me uma oportunidade.

Conversamos por horas, tomamos  um bom café e conseguimos dar boas risadas, falar das nossas experiências desde a infância, mostrar nossas cicatrizes, comparar nossa idade e nossos medos  e,  o melhor de tudo, entender que precisamos muitas vezes de reencontros assim. Isso porque, só através dessa experiência, conseguimos nos tornar melhores conosco e com o próximo. Resolvi de agora em diante, dar-me mais atenção, afinal, sou uma excelente companhia!

Alguém disse que toda crise é oportunidade de crescimento.  E eu concordo!

Sol D'viver

Sol D'viver (pseudônimo) é arariense e amante das coisas do campo emocional e comportamental, temas a respeito dos quais reflete e escreve de maneira despretensiosa, como ocupação sadia e fator de equilíbrio emocional e qualidade de vida. 


Comentários

  1. Muito bom! A quarentena está servido para conhecermos a nós mesmos. Fazer uma reflexão do que é importante, o que e quem merece ficar na nossa vida.

    ResponderExcluir
  2. Muito bom Sold'viver...maravilha crise na crise...é uma verdade...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A eternidade de um minuto

Por José Carlos Castro Sanches Queridos amigos leitores e apreciadores da literatura estou aproveitando o ócio criativo “Prisioneiro na Caverna”, em razão da pandemia, para escrever e publicar novas crônicas, contos, poemas et cetera. Já escrevi mais de três dúzias nesse período. Também estou experimentando novas possibilidades. Deixar a barba crescer para visualizar o mundo, a mim mesmo e as pessoas com um olhar de “Troglodita” na era da informação e ousar fazer o que nunca fiz antes, por exemplo: produzir sozinho um vídeo lendo o poema inédito “26 de março” do meu livro “Gotas de Esperança”. Não levem a sério essa produção é apenas um treino de um ator amador para as futuras vitórias nos campeonatos de “Vídeos da Vida”. Divirtam-se com a seriedade do autor que se fez ator por pouco mais de um minuto, que pareceu uma eternidade “A eternidade de um minuto”. É mais fácil escrever que encenar. Ser escritor que ator. Assim eu avalio com visão na minha vivência. É preciso treinar,

Reflexão poética-musical."E agora, José & Perfeição"

Uma boa reflexão para a quarentena literária é a adaptação do poema "E agora, José", de Carlos Drummond de Andrade, com a música "Perfeição", de Renato Russo, recitada em vídeo (AD) e que está sendo compartilhada em grupos de mensagens e nas redes sociais. Vale a pena assistir às três produções e pensar a respeito! Ouçamos, inicialmente, o poema adaptado ! Ouça também o poema original , na voz do próprio autor. Um questionamento sobre quem somos neste agora, diante da desventura, do infortúnio, do desafio de um momento complexo, que desafia todos os Josés e todas as Marias de uma nação.  Ouça também a música original , na voz do próprio Renato Russo (Legião Urbana). É uma canção instigante e crítica, muito bem oportuna para nosso momento questionador; diante de uma sociedade marcada por muitos aspectos desfavoráveis ao povo, ideologias, alienações e estupidez, e despreparada para epidemias e outros elementos que desnudam sua fragilidade.  Trat

Poesia Viral: Fluidez

Nenhuma fase da vida está em frase.  A vida incerta é tão breve que há de enganar até os mais certos de si.  Vão chorar e perguntar: “o que (que) há? O que que há?!” Toda certeza que se tem é que amar é decidir, é decidir ir, ou preferir ficar, é entrar, é sair.  Permanecer é estar e escolher é vir a ser. Que encontremos os bons motivos para sobrevir, para correr  (e por  que não descontinuar?)...  Ir e vir, deixar ir, enquanto distarmos cá. Karoline Brevá Karoline Abreu é graduanda do curso de Letras-Inglês na Universidade Estadual do Maranhão; participante  de projetos de Extensão e Pesquisa; p rofessora de Inglês e Reda ção;  v oluntária e ativista pela UJS.  Não se considera escritora, mas rabisca composi ções e  escritos literários.