Por José Carlos Castro Sanches
Hoje li um texto magnífico “ A crise segundo Albert Einstein “ que dizia:
Quem atribui a crise seus fracassos e penúria, violenta seu
próprio talento e respeita mais os problemas que as soluções. A verdadeira
crise, é a crise de incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a
dificuldade para encontrar as saídas e as soluções. Sem crise não há desafios,
sem desafios a vida é uma rotina, uma lenta agonia.
Hoje li um texto magnífico “ A crise segundo Albert Einstein “ que dizia:
“ Não podemos querer que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a maior benção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia assim como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise se supera a si mesmo sem ter sido superado.
Sem crises não há méritos. É na crise que aflora o melhor de
cada um, porque sem crise todo vento é uma carícia. Falar da crise é
promovê-la, e calar-se na crise é exaltar o conformismo. Em vez disto,
trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a
tragédia de não querer lutar para superá-la. ”
Fiquei a pensar, mas de onde tirar a força e a determinação
para reagir às adversidades e desafios que se nos apresentam neste momento
difícil pelo qual passamos, em todos os países ao redor do mundo especialmente
no Brasil, diante de questões políticas, econômicas, sociais, religiosas,
ideológicas que se sobrepõem à pandemia do coronavírus.
Fui buscar a resposta no bambu. O bambu tem algumas qualidades que poderão
servir de referência e nos ajudar a superar as atribulações:
1)
Extraordinária capacidade de resiliência.
Resiliência vem do latim: Resilire, que significa “voltar atrás”. É a
capacidade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem
sido submetidos a uma deformação elástica. Trazendo para a nossa realidade
traduz-se na capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a
mudanças, superar obstáculos ou resistir a pressões de situações adversas -
choque, estresse, doença, ao algum tipo de evento traumático;
2)
Fica com a semente escondida por cinco anos
depois de plantada, o crescimento é subterrâneo, desenvolve raízes horizontais
e verticais para crescer firme na rocha e suportar as intempéries. Interpreto
que essa etapa corresponder ao planejamento detalhados antes de executarmos
qualquer projeto pessoal ou profissional;
3)
Paciência e persistência. Significa acreditar
que é possível agir continuamente, sem fraquejar; investir tempo e esforço para
realizar o melhor trabalho da primeira vez;
4)
O bambu não é tão grande em comparação com
outras árvores, mas pode suportar invernos frios e verões muito quentes, e
quase sempre são as únicas árvores a ficarem de pé após uma tempestade.
Demonstrando que não é preciso ser grande e imponente para ser forte. A
estatura, a cor, a origem, a religião, o gênero, a opção sexual, a
escolaridade, a classe econômica, a cultura... não devem ser obstáculos para o
crescimento e desenvolvimento daquele que tem um objetivo claro e uma missão de
vida a ser cumprida. Todas as diferenças devem ser encaradas como motivos para
superação em vez de empecilhos ou barreiras;
5)
Curva-se sem quebrar – a fundação do bambu é
solida mas sabe acompanhar o balanço harmonioso do vento – o balanço suave é um
símbolo de humildade. Apesar de profundamente enraizado é flexível;
6)
É resistente, oco, tem nós, cria ramos e crescem
formando touceiras. Devemos seguir o exemplo do bambu que opõe resistência e
apesar de vazio por dentro supera o vácuo com solidez e firmeza, permite a
reprodução de galhos fortes e capazes de manter a integração do conjunto;
7)
Sobrevive num solo seco com pouca água, mas
sempre busca a luz do sol como referência. Aqui a lição que considero
fundamental ainda que o alimento, a água, os bens de consumo, as posses, o meio
hostil ou situações desagradáveis de confinamento nos leve a habitar num lugar
ermo, nunca deveremos deixar de perceber o oásis, aquela pequena região fértil
em pleno deserto, que irá nos suprir de água. Tampouco devemos esquecer que
existe uma luz que brilha no horizonte dia e noite para suprir as nossas necessidades
de visão e percepção do mundo que nos cerca com sabedoria. Associada à
sabedoria devemos usar a inteligência para discernir o certo do errado e a fé
como bússola para nos conduzir pelos melhores caminhos.
8)
A força, a determinação, e o foco vêm de dentro
de cada um de nós para tornar possível a realização dos sonhos, objetivos e
metas. E a esperança nunca deverá morrer. Assim os bambus suportam a todas as
tempestades, nós suportaremos todas as adversidades de pé, com abundancia, amor
e plenitude. Somos mais que vencedores!
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
São Luís, 01 de abril de 2020.
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