Ciência e religião é um
tema extremamente complexo, espinhoso até. Há um grande dilema entre a ciência
e fé, isso é histórico. Ou seja, essa discussão, muitas vezes nefasta, vem
deste os albores da filosofia, intensificada durante o Renascimento, e, ainda
hoje, no século XXI, persiste. O conhecimento científico, durante muito tempo, foi violentamente combatido pela igreja. Bibliotecas eram queimadas, por
exemplo, a grande biblioteca de Alexandria foi destruída em
48 a.C. por um incêndio durante a guerra civil romana entre Pompeu e Júlio
César, como forma de enfraquecer o oponente, provando que conhecimento é
poder.
Cientistas de renome como Galileu Galilei (1564-1642), físico, astrônomo e matemático italiano, teve que negar suas convicções científicas para escapar da fogueira, para não ser queimado vivo em praça pública. Giordano Bruno (1548-1600), matemático e filósofo, também italiano, foi queimado vivo porque defendia a Teoria Heliocêntrica e negava a natureza divina de Jesus Cristo. Homens da Ciência eram chamados de bruxos, hereges, e deveriam ser banidos da face da Terra, sobretudo durante a funesta Inquisição da Igreja Católica. Estudar, pesquisar, produzir conhecimento era pecado, um pecado mortal.
Durante esse longo e doloroso percurso histórico, a ciência tem papel essencial no desenvolvimento das civilizações. Graças ao trabalho de cientistas e pesquisadores, existem os medicamentos e as vacinas que suprimem a dor e imunizam seres humanos contra variados tipos de vírus. A Terra, por vezes, foi assolada por epidemias e pandemias, e a ciência ofereceu a solução, a cura para todas. A ciência demanda um contínuo estudo, pois exige rigor e superação de etapas que validam o método e as pesquisas.
A ciência é ampla. Trouxe avanços não só no campo fértil e super avançado da medicina, mas também na matemática, na sociologia, na psicologia, na astronomia, enfim, em diversos campos do conhecimento humano. Particularmente, eu, que escrevo este artigo trivial, caro leitor, procuro enveredar-me por searas das ciências sociológicas, além do conhecimento geográfico e matemático, pois estes dão sustentação e embasamento para muitos outros.
Entender o comportamento social é importante para aplicar o método adequado para aquele objeto de estudo específico. Desse modo, segundo Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, considerado como o “Pai da Sociologia Moderna”, a ciência moderna é por essência um devir; ela renova sem cessar as indagações dirigidas à natureza. Para todas as disciplinas o conhecimento é uma conquista que nunca chega ao seu termo. Mas para as ciências da realidade humana, da história e da cultura, não é só isso.
O conhecimento nesse caso está subordinado às questões que o cientista coloca à realidade. À medida que a história avança e renova os sistemas de valor e os monumentos do espírito, o historiador e o sociólogo espontaneamente formulam novas questões sobre os fatos, presentes ou passados. Como a história e a realidade renovam a curiosidade do pesquisador, é impossível conceber uma história ou uma sociologia, por exemplo, cabalmente.
Ainda tendo o conhecimento weberiano por base, o objetivo específico da ciência é a validade universal. Ela é, para empregar os conceitos Weber, uma conduta racional cuja finalidade é atingir julgamentos de fato, universalmente válidos. Como é possível formular tais julgamentos a propósito de obras que se definem como criações de valores? Max Weber respondia a esta questão, que está no centro de toda sua reflexão filosófica e epistemológica, traçando a distinção entre o julgamento de valor e a relação com os valores.
Bem, mas diante de toda essa explanação, nos dias de hoje, vemos ficar vir à tona, a velha dualidade nada harmônica entre Ciência e Religião. Penso eu, que uma coisa nunca deveria interferir na outra. Mas, infelizmente, a História nos mostra que isso não é bem assim. E aqui no Brasil, essa contenda nada inteligente tem ganhado as redes sociais e primazia entre aqueles que não conseguem separar uma coisa da outra.
Não estou aqui para atirar pedras na Religião, tampouco para endeusar a Ciência, uma vez que o cientificismo é perigoso e dentro na Ciência nada é cabal. Não decidi escrever este artigo para dizer que uma é mais importante que a outra. Cada uma tem o seu propósito, e misturá-las apenas acirra brigas desnecessárias. Tanto a religião quanto a fé vivem em busca do desconhecido. Vários estudos provaram que a fé ajuda nos processos de cura, e vários segmentos da igreja têm validado estudos científicos. Mesmo séculos depois, o Papa João Paulo II pediu desculpas a Galileu Galilei e hoje a Igreja reconhece as descobertas da ciência como válidas.
Cientistas de renome como Galileu Galilei (1564-1642), físico, astrônomo e matemático italiano, teve que negar suas convicções científicas para escapar da fogueira, para não ser queimado vivo em praça pública. Giordano Bruno (1548-1600), matemático e filósofo, também italiano, foi queimado vivo porque defendia a Teoria Heliocêntrica e negava a natureza divina de Jesus Cristo. Homens da Ciência eram chamados de bruxos, hereges, e deveriam ser banidos da face da Terra, sobretudo durante a funesta Inquisição da Igreja Católica. Estudar, pesquisar, produzir conhecimento era pecado, um pecado mortal.
Durante esse longo e doloroso percurso histórico, a ciência tem papel essencial no desenvolvimento das civilizações. Graças ao trabalho de cientistas e pesquisadores, existem os medicamentos e as vacinas que suprimem a dor e imunizam seres humanos contra variados tipos de vírus. A Terra, por vezes, foi assolada por epidemias e pandemias, e a ciência ofereceu a solução, a cura para todas. A ciência demanda um contínuo estudo, pois exige rigor e superação de etapas que validam o método e as pesquisas.
A ciência é ampla. Trouxe avanços não só no campo fértil e super avançado da medicina, mas também na matemática, na sociologia, na psicologia, na astronomia, enfim, em diversos campos do conhecimento humano. Particularmente, eu, que escrevo este artigo trivial, caro leitor, procuro enveredar-me por searas das ciências sociológicas, além do conhecimento geográfico e matemático, pois estes dão sustentação e embasamento para muitos outros.
Entender o comportamento social é importante para aplicar o método adequado para aquele objeto de estudo específico. Desse modo, segundo Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, considerado como o “Pai da Sociologia Moderna”, a ciência moderna é por essência um devir; ela renova sem cessar as indagações dirigidas à natureza. Para todas as disciplinas o conhecimento é uma conquista que nunca chega ao seu termo. Mas para as ciências da realidade humana, da história e da cultura, não é só isso.
O conhecimento nesse caso está subordinado às questões que o cientista coloca à realidade. À medida que a história avança e renova os sistemas de valor e os monumentos do espírito, o historiador e o sociólogo espontaneamente formulam novas questões sobre os fatos, presentes ou passados. Como a história e a realidade renovam a curiosidade do pesquisador, é impossível conceber uma história ou uma sociologia, por exemplo, cabalmente.
Ainda tendo o conhecimento weberiano por base, o objetivo específico da ciência é a validade universal. Ela é, para empregar os conceitos Weber, uma conduta racional cuja finalidade é atingir julgamentos de fato, universalmente válidos. Como é possível formular tais julgamentos a propósito de obras que se definem como criações de valores? Max Weber respondia a esta questão, que está no centro de toda sua reflexão filosófica e epistemológica, traçando a distinção entre o julgamento de valor e a relação com os valores.
Bem, mas diante de toda essa explanação, nos dias de hoje, vemos ficar vir à tona, a velha dualidade nada harmônica entre Ciência e Religião. Penso eu, que uma coisa nunca deveria interferir na outra. Mas, infelizmente, a História nos mostra que isso não é bem assim. E aqui no Brasil, essa contenda nada inteligente tem ganhado as redes sociais e primazia entre aqueles que não conseguem separar uma coisa da outra.
Não estou aqui para atirar pedras na Religião, tampouco para endeusar a Ciência, uma vez que o cientificismo é perigoso e dentro na Ciência nada é cabal. Não decidi escrever este artigo para dizer que uma é mais importante que a outra. Cada uma tem o seu propósito, e misturá-las apenas acirra brigas desnecessárias. Tanto a religião quanto a fé vivem em busca do desconhecido. Vários estudos provaram que a fé ajuda nos processos de cura, e vários segmentos da igreja têm validado estudos científicos. Mesmo séculos depois, o Papa João Paulo II pediu desculpas a Galileu Galilei e hoje a Igreja reconhece as descobertas da ciência como válidas.
Adenildo Bezerra

Adenildo Bezerra é arariense. Professor, é graduado em Matemática pela UEMA. É membro fundador e atual presidente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências (ALAC). É membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Arari (IHGA). Autor de três livros e participante de diversas coletâneas literárias.
Facebook: /adenildo25
Instagram: @bezerra_adenildo
E-mail: adenildo25@gmail.com

ainda bem que não são água e óleo e sim água e vinho. passíveis de unificação em momentos dificeis
ResponderExcluirMuito bom o artigo, meu nobre Adenildo Bezerra! Bem oportuno, por sinal nesses tempos que em essa questão está em discussão mais vez em razão da atual pandemia. Parabéns!
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