A comunicação existe desde quando surgiu o fenômeno da vida. Caminham juntos, lado a lado, vida e comunicação são cúmplices, parceiros, carne e unha, como vocês quiserem entender.
No contexto dos meios de comunicação, será salutar se o comunicando e comunicador deixarem se aliar pelo bom senso do ouvir. Isso mesmo: ouvir e escutar, como dizia o Carpinteiro.
Ouvir e Escutar, parecem coisas iguais na comunicação. Mas, são coisas totalmente diferente. Isso merece uma outra crônica.
Pois bem, neste mundo moderno da Comunicação, surgem os jornalistas, repórteres, perguntadores semelhantes a este que vos escreve, e outros tantos de um outro lado de um mundo encantado que chamamos de ouvinte.
Televisão, rádio, ou quaisquer aparelhos transmissores têm a sua sustentabilidade no ouvinte ou telespectador. Hoje em dia, qualquer um é comunicador, basta ter digitais e voz.
Mas qual tipo de comunicador você gosta, admira ou deixa o seu ouvido a enamorar-se?
Hoje no Brasil, a categoria que mais avança são a dos que se dizem “ jornalistas investigativos". Isso mesmo, eles vivem de fuçar a vida de pessoas.
Esses chamados jornalistas investigativos fazem do microfone uma arma, um objeto de sadismo, um confessório. Tipo assim, “Eu pergunto, mas te corto no meio da tua falo, não deixo você responder, faço do tolher o aparte, um gozo, um prazer, quase sempre isso acontece no rádio e na TV.
O apresentador goza, em lhe perguntar algo, e quando você vai responder-lhe, ele corta a sua resposta. Não sei se isso é arte ou falta de educação mesmo, ou ansiedade.
Você conhece alguém assim ?
Não deve ser legal você ser o convidado de um programa de rádio ou TV por exemplo, e quando, depois de arguido, ser “tesourado” pelo entusiasmado entrevistador.
1. Falta preparo psicológico a esse tipo de entrevistador? Imagine esse entrevistador, entrevistando-lhe para uma vaga de emprego ? Você se sentirá confortável?
2. Falta organização psicoterapêutica a esse tipo de entrevistador que posta-se ante a você e é engolido pelo seu entusiasmo ou mesmo pela vaidade?
Comunicação é deixar o outro fazer-se entender e transmitir sentidos de ações ou de sentimentos para algo.
A vida é um atordoado de querer que perturba a muitos, e com o advento das plataformas sociais, cada um desenha o seu mundo intelectual sem padrão, sem planejamento, e navega em um mar sem rumo.
Ante a tudo isso, continuamos a seguir o Carpinteiro.
José Maria Costa
José Maria Costa escreve às segundas-feiras, no Quarentena Literária. É arariense e hospeda-se na cidade de São Paulo, mas nunca perdeu o vínculo com a terra natal. É do ramo das Letras, Educação Física e Direito. Blogueiro e comentarista do “ quotidiano “ e define-se, não como escritor, mas como "escrivinhador", embora seja autor de diversos livros e com participação em várias coletâneas literárias em Arari e no Brasil.


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