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Amores e amores

É tão simples idealizarmos o amor perfeito ou a relação perfeita. O complexo é quando caímos na realidade e percebemos o tamanho da ilusão. Nessa hora, o sofrimento é certo. Haja as “sofrências” e o álcool! Quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra.

Somos imperfeitos e, por isso, não existe relacionamento perfeito. Estamos sempre sujeitos a erros, além de pensarmos, agirmos e sentirmos diferentes. E ainda bem que somos diferentes!   

Entendo que somos construídos e construímos relações. Nenhum relacionamento vem pronto e nem existe cartilha para isso. Relacionamento é processo, é construção, é escolha, é certeza e reciprocidade.

Imagem: Pixabay

E sobre o amor? Cada um tem o seu jeito amar e de demonstrar. Nem por isso ama mais ou menos, apenas ama diferente. Mas sempre carregamos a infeliz ideia de que o outro tem que nos amar da mesma forma que nós ou da forma que idealizamos.

Isso causa muito problema. Mas todos nós já passamos por processos assim. Falando nisso, lembrei-me da música de Maria Bethânia que diz: “cada um tem o seu jeito de amar e de se defender”.

Hoje, percebo “o amor” quando vejo as bochechas vermelhas, olhar expressivo, risadas ao acordar, data de aniversário errada como senha, namoro sem data, sem música e na palavra limitação. Uma experiência diferente, desafiadora e prazerosa. Além dos bons motivos e dos meus motivos, esses também me fazem superar a falta de compreensão. E que o “amor” também fique enquanto tiver motivos para ficar.

O importante é aprendermos com cada experiência e nos tornarmos melhores para cada relação em que desejemos estar. A vida é curta e não podemos perder tempo com o que não nos faz bem. E o amor se expressa de todas as formas e de todos os jeitos.

Sol D'iver

Sol D'viver (pseudônimo) é arariense e amante das coisas do campo emocional e comportamental, temas a respeito dos quais reflete e escreve de maneira despretensiosa, como ocupação sadia e fator de equilíbrio emocional e qualidade de vida. 

E-mail: soldviver@gmail.com


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