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Eternos enamorados


Por José Carlos Castro Sanches

I
Namorar é como liga
Que se busca esticar
Tentando mantê-la viva
Para nunca se quebrar
O nosso namoro
É como azougue
Temperado pelo ouro
Vigoroso e puro como sangue
Seiva divina e eterno tesouro

II

Minha querida Socorro
Sou um eterno enamorado
Quero tê-la sempre comigo
De mãos dadas lado a lado

Você inspira a Minh ‘alma
Alegra o meu abrigo
Ilumina a nossa casa
Sopra o vento amigo
Compartilha a minha saga
Afasta e protege do inimigo
Amor e carinho propaga
As flores belas associo, contigo
Como a nascente de um rio, abençoada
Em um jardim extenso e florido
Com abundantes pássaros em revoada

III

Como sabiá cantando a fio
Irradia amor e magia
Encanto, perdão e alivio
Abundância e extrema alegria
Reflete luz e riqueza com brio


O seu carisma, beleza e encanto
Deixa o calor mais frio
Juntando ninho e recanto
Também, o sol com mais brilho
E o nosso amor sacrossanto
Motivo de estribilho
Meu beija-flor-de-canto


Com você tudo é possível
A sua presença, meu acalanto
A sua paciência, meu fusível
A sua ternura, meu manto
O seu carinho, insubstituível
O seu sorriso é o meu canto

IV

O seu amor parcimonioso
Não falado, implícito nas lidas diárias
Nas entrelinhas é contagioso
Afasta o tédio e instiga as núpcias
E fortalece um laço prodigioso


Reciprocamente amados
Você e eu, somos nós
Eternos enamorados
Que a vida nos permita muitas camas e lençóis
Sabedoria, paciência e reciprocidade
Para caminharmos juntos, cantando como rouxinóis
Viajantes otimistas artífices da generosidade
Sempre unidos como peixes, presos aos anzóis


A qualquer tempo e idade
Imponentes como as flores dos girassóis
Fortalecendo os laços de amor e cumplicidade
Com infinitas bênçãos sob a luz de muitos sóis
Protagonistas sem perder a dignidade
Você, eu, sempre nós
Com saúde, paz e felicidade
Sabedoria divina e infinitas bênçãos
Cultivando a vida com simplicidade

V

Obrigado minha princesa
Por toda sabedoria
Ao conduzir a nossa casa
Com abundante maestria
O alimento posto à mesa
Majestade e empatia
De sobremesa, ainda
recebo carinho e simpatia


Para você eu tiro o chapéu
Feliz dia dos namorados
Minha linda dos olhos de mel
Agora casados, enfrentamos
As adversidades da vida
Com o amor de Eternos Enamorados.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

São Luís, 12 de junho de 2020.
Visite o site falasanches.com e página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho.
Adquira os Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches, com crédito aos autores e fontes citadas, e está licenciada com a licença JCS12.06.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.


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